A capacidade de adaptação é um dos pilares da gestão moderna, sobretudo diante da velocidade com que a tecnologia transforma o mundo corporativo. Alfredo Moreira Filho, empresário e fundador do Grupo Valore+, observa que a tecnologia deixou de ser um diferencial competitivo para se tornar uma exigência básica. Hoje, o verdadeiro desafio dos líderes está em compreender como integrá-la aos processos sem perder de vista a essência humana que sustenta qualquer organização.
O gestor como aprendiz permanente
Segundo Alfredo Moreira Filho, a evolução tecnológica exige do gestor uma postura de aprendiz constante. Aquele que lidera precisa compreender que o conhecimento não é mais estático, mas um fluxo contínuo. Ferramentas de análise de dados, automação e inteligência artificial podem aumentar a eficiência, mas demandam visão crítica para serem utilizadas de forma ética e produtiva. Assim, o aprendizado contínuo passa a ser o elo entre tradição e inovação, permitindo que empresas se mantenham competitivas sem abrir mão de seus valores.
O líder que reconhece a necessidade de se reinventar entende que o sucesso depende da curiosidade e da abertura ao novo. Não basta acompanhar tendências: é preciso analisá-las e adaptá-las à realidade do negócio. Nesse sentido, o gestor contemporâneo atua como mediador entre a técnica e o humano, equilibrando resultados com sensibilidade.
Da experiência à transformação digital
Como comenta Alfredo Moreira Filho, a tecnologia não substitui o discernimento adquirido com a experiência. Ao contrário, amplia a capacidade de aplicar o que foi aprendido ao longo da trajetória profissional. Plataformas digitais, softwares de gestão e métodos automatizados só ganham sentido quando utilizados por pessoas que compreendem o impacto de cada decisão sobre suas equipes e comunidades.

A experiência acumulada no campo e nos negócios, tão presente em sua obra “Pequenas Histórias e Algumas Percepções”, reflete esse olhar atento à evolução. O livro mostra que a verdadeira inovação começa quando se respeitam as lições do passado e se utilizam as ferramentas do presente para aprimorar o futuro. O equilíbrio entre o que se aprendeu e o que ainda há por descobrir é o que sustenta a longevidade das empresas.
Inteligência coletiva e cultura digital
Conforme analisa Alfredo Moreira Filho, liderar em tempos de transformação digital requer fomentar a inteligência coletiva. As organizações mais sólidas são aquelas que estimulam a troca de ideias e a colaboração entre gerações. Profissionais experientes e jovens talentos têm muito a aprender uns com os outros, e a tecnologia é o meio que conecta essas perspectivas.
A cultura digital também exige uma nova mentalidade em relação à gestão de pessoas. O uso de ferramentas tecnológicas deve servir à valorização do ser humano, e não ao contrário. Quando o líder promove um ambiente de aprendizado compartilhado, a inovação se torna parte natural da rotina e o desenvolvimento coletivo passa a ser contínuo.
O futuro como construção presente
Para Alfredo Moreira Filho, a adaptabilidade tecnológica é, antes de tudo, uma questão de mentalidade. Mais do que dominar recursos digitais, o gestor precisa estar disposto a aprender, ensinar e transformar. A abertura ao novo não implica abandonar princípios, mas usá-los como base para compreender o mundo em constante mudança.
Ao refletir sobre o papel da tecnologia, é possível perceber que ela não substitui a sabedoria humana, mas a potencializa. A digitalização amplia horizontes, conecta culturas e acelera descobertas, mas são os valores, a ética e a empatia que garantem o equilíbrio necessário entre progresso e propósito. Gestores que compreendem isso constroem empresas que evoluem sem perder sua identidade, tornando-se referência em um mercado cada vez mais dinâmico.
Autor: Mohamed Sir

