Policiais monitoravam carro quando fizeram abordagem e sargento dirigia o veículo. José Roberto Souza foi assassinado a tiros no bairro Piscicultura
Um sargento da Polícia Militar foi abordado em um carro usado para matar José Roberto Souza, de 44 anos, na sexta-feira (10) no bairro Piscicultura, zona Oeste de Boa Vista. Ele foi parado por policiais do Bope na segunda (13), três dias após o crime.
O PM dirigia o carro na rotatória da avenida Venezuela, no bairro 13 de Setembro, quando foi abordado pelo Bope e por agentes da Polícia Civil que investigam o assassinato e já na monitoravam o veículo.
Na revista, nada de ilegal foi encontrado com o sargento. No entanto, o carro estava irregular, sem qualquer documentação.
“O carro estava ilegal e no nome de uma pessoa que já morreu. Foi apreendido para perícia e levado para a Delegacia Geral de Homicídios. O sargento foi liberado”, conta um investigador.
O carro recolhido pelos policiais foi registrado por imagens de uma câmera de segurança instalada na rua da vítima e filmou o assassinato de José Roberto.
No dia do assassinato, José Roberto estava na frente de casa quando o carro chegou e um suspeito armado desceu. A vítima ainda correu para escapar dos tiros, mas foi alcançada pelo atirador que usava uma balaclava para cobrir o rosto.
José Roberto era investigado por roubos e homicídios e ainda era envolvido com o garimpo ilegal e narcogarimpo, de acordo com investigações iniciais, que apontam o carro conduzido pelo sargento ser o mesmo utilizado para matar José Roberto.
Rajada de tiros
A câmera que registrou o momento do crime capturou uma rajada de ao menos 10 tiros. José Roberto foi atingido com vários tiros pelo corpo, incluindo cabeça, braço direito, pernas, abdômen e mão esquerda.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local uma hora depois do crime e constatou a morte.
Após os disparos, o atirador fugiu no veículo – o mesmo que o sargento da PM foi abordado. O irmão da vítima tentou acertar o carro com um tijolo.
O crime é investigado pela Delegacia Geral de Homicídios (DGH).