As mudanças climáticas têm impactado de forma direta a produtividade agrícola, e o empresário e fundador, Aldo Vendramin, apresenta que o déficit hídrico já se tornou um dos principais desafios para produtores de soja e milho em várias regiões do Brasil. Por isso, entender esses impactos e ajustar o manejo é fundamental para manter a rentabilidade das lavouras. Em um cenário de maior instabilidade climática, Aldo Vendramin reforça que tecnologia, planejamento e práticas sustentáveis serão determinantes para superar 2026 com eficiência.
A intensificação de períodos secos, o atraso no início das chuvas e a irregularidade na distribuição pluviométrica vêm alterando profundamente o ciclo das culturas, esses fatores afetam a germinação, reduzem o potencial produtivo e dificultam a entrada das lavouras em estádios essenciais, como florescimento e enchimento de grãos.
Neste artigo venha compreender porque nesse contexto, a adaptação às condições climáticas deixou de ser uma escolha e passou a ser uma necessidade produtiva.
O impacto direto do déficit hídrico no desenvolvimento das culturas
A soja e o milho dependem de disponibilidade hídrica adequada para expressar seu máximo potencial genético. A falta de água durante fases críticas compromete a formação de vagens e espigas, reduz a fotossíntese e provoca estresse fisiológico nas plantas. E conforme alude o senhor Aldo Vendramin, o déficit hídrico prolongado pode reduzir significativamente o rendimento por hectare, mesmo em lavouras altamente tecnificadas.

Além disso, o clima seco intensifica a pressão de pragas e doenças, aumenta a temperatura do solo e acelera a evaporação, criando um ambiente desfavorável para o desenvolvimento das culturas. O resultado é um desequilíbrio que exige respostas rápidas, uso inteligente de insumos e estratégias de manejo adaptadas à nova realidade.
Tecnologias que auxiliam na mitigação dos efeitos climáticos
A adoção de tecnologias de precisão tem se mostrado essencial para mitigar impactos da estiagem, dado que o uso dos sensores de umidade, plataformas climáticas, mapeamento por drones e softwares de análise permitem ao produtor tomar decisões mais assertivas sobre plantio, irrigação e aplicação de insumos. Segundo Aldo Vendramin, a integração entre dados climáticos e manejo agrícola oferece maior previsibilidade, reduz desperdícios e aumenta a eficiência da propriedade.
Outro ponto relevante é o uso de cultivares mais resistentes ou adaptadas às condições regionais, isso porque, os programas de melhoramento genético avançaram significativamente, oferecendo sementes que suportam períodos de seca sem comprometimento severo na produtividade. Investir em genética moderna é um dos caminhos mais efetivos para enfrentar a variabilidade climática.
Sustentabilidade como base para o manejo de soja e milho
A adoção de práticas sustentáveis tem papel central na construção de sistemas agrícolas resilientes ao déficit hídrico. Manejo do solo, cobertura vegetal, rotação de culturas e integração lavoura-pecuária favorecem a estrutura do solo, aumentam a infiltração de água e melhoram a capacidade de retenção hídrica. Aldo Vendramin destaca que solos vivos e bem manejados suportam melhor períodos de seca e contribuem para o equilíbrio produtivo.
Os bioinsumos também ganham destaque ao fortalecer o sistema radicular, melhorar a saúde do solo e aumentar a tolerância das plantas ao estresse. Soluções biológicas, associadas a práticas regenerativas, constroem ambientes agrícolas mais equilibrados e menos dependentes de insumos químicos. O resultado é um sistema mais estável, que responde melhor às oscilações climáticas.
Planejamento estratégico para 2026
Diante da previsão de irregularidades climáticas, planejar com antecedência é essencial. Produtores precisam ajustar épocas de plantio, avaliar risco climático de cada região e acompanhar de perto boletins meteorológicos. As estratégias de zoneamento agrícola tornam-se indispensáveis, permitindo que o produtor selecione janelas de plantio mais seguras e minimize perdas.
O planejamento também envolve o uso eficiente de água, tanto para irrigação quanto para manejo de solo, e o investimento em infraestrutura que suporte períodos de estiagem. A adoção de práticas de manejo integrado torna a operação agrícola mais resiliente, reduz a vulnerabilidade e melhora a capacidade de resposta diante dos desafios por vir, informa Aldo Vendramin.
Preparando o agro para uma nova realidade climática
A agricultura brasileira enfrenta um período de transição profunda, marcado por desafios climáticos que exigem inovação e adaptação constante, tal como considera o senhor Aldo Vendramin, o setor tem capacidade de superar esse cenário por meio de tecnologia, gestão eficiente e práticas sustentáveis. O déficit hídrico não é uma barreira absoluta, mas um convite para a evolução técnica do campo.
Em 2026, a competitividade das propriedades dependerá diretamente de como elas se adaptam a essas transformações. O produtor que investe em planejamento, genética, solo saudável e ferramentas tecnológicas estará mais preparado para garantir produtividade, rentabilidade e resiliência em um clima cada vez mais desafiador.
Autor: Mohamed Sir

