A segurança pública de Roraima está enfrentando uma crise iminente, conforme alertado pelo deputado estadual Jorge Everton (União Brasil), que faz parte da Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Durante uma reunião realizada na tarde de segunda-feira, 12 de maio, o deputado enfatizou a fragilidade do sistema de segurança estadual, especialmente devido ao grande número de servidores da Polícia Civil que estão prestes a se aposentar. Segundo ele, a falta de ação do governo na convocação dos aprovados no cadastro de reserva do concurso da Polícia Civil pode levar a um colapso na segurança pública de Roraima. A situação exige medidas urgentes, como a convocação imediata dos aprovados ou até mesmo a realização de um novo concurso para fortalecer o efetivo policial do estado.
Durante a reunião, também estiveram presentes representantes da Casa Civil, da Procuradoria-Geral do Estado, da Secretaria da Fazenda, da Polícia Civil e de uma comissão formada pelos candidatos aprovados no concurso. O encontro foi uma tentativa de negociar uma solução para a convocação dos aprovados, além de discutir as limitações orçamentárias do estado, que dificultam a convocação dos novos policiais. Mesmo diante das dificuldades fiscais, a comissão e os deputados continuam pressionando o governo para que a convocação dos aprovados ocorra de maneira rápida e eficaz.
O deputado Jorge Everton destacou que o cenário atual exige uma resposta imediata, pois a ausência de novos policiais pode deixar a segurança pública de Roraima ainda mais vulnerável. “Estamos diante de um quadro alarmante. A aposentadoria de muitos policiais civis, sem a reposição adequada, comprometerá a capacidade de atuação da Polícia Civil. A convocação dos aprovados no concurso é crucial para evitar esse colapso”, alertou Everton. O parlamentar também destacou a urgência de um novo concurso público para a Polícia Civil, que garantiria o aumento do número de servidores e a manutenção da qualidade no atendimento à população.
No entanto, a situação financeira do estado é um dos maiores obstáculos para que a convocação seja feita sem comprometer o equilíbrio fiscal. O chefe da Casa Civil, Flamarion Portela, explicou que o governo está tentando encontrar uma solução dentro das limitações orçamentárias. Embora a convocação seja uma prioridade para os deputados, o governo estadual tem enfrentado dificuldades para realizar os ajustes necessários no orçamento, sem prejudicar outras áreas essenciais. Essa situação reflete a complexidade da gestão pública em tempos de restrições financeiras e a necessidade de balancear diferentes demandas dentro do orçamento do estado.
A delegada Darlinda de Moura Viana, presente na reunião, também comentou as dificuldades enfrentadas para a convocação dos aprovados para a função de delegado. Ela explicou que, para que os candidatos do cadastro de reserva sejam chamados, seria necessário um processo de alteração legislativa que ampliasse o número de vagas ou uma vacância nas vagas já existentes. Sem essas modificações, a convocação dos aprovados para o cargo de delegado seria inviável, criando um impasse no avanço do processo.
Além disso, a proposta discutida pelo governo estadual aponta para a convocação dos aprovados para o mês de agosto, com o início das atividades na Academia de Polícia ainda no segundo semestre deste ano. Contudo, essa medida depende de ajustes orçamentários que precisam ser feitos para garantir que o chamamento seja realizado sem comprometer a saúde fiscal do estado. Para os deputados, essa é uma solução paliativa, já que a convocação imediata dos aprovados no concurso seria mais eficaz para atender as necessidades urgentes da segurança pública de Roraima.
A Comissão Especial da ALE-RR, presidida pelo deputado Gabriel Picanço, tem atuado como um canal de mediação entre os candidatos aprovados e o governo estadual. Desde o início do ano, a comissão tem acompanhado de perto as negociações e pressionado o governo para que medidas sejam tomadas o mais rápido possível. Para os parlamentares, a solução para a convocação dos aprovados é urgente e fundamental para a manutenção da segurança pública no estado. O governo, no entanto, ainda não deu uma resposta concreta, e o dilema orçamentário continua a ser um fator limitante para a efetivação dessa convocação.
Ao final da reunião, Jorge Everton avaliou positivamente o andamento das discussões, destacando que, apesar das dificuldades orçamentárias, foi possível avançar em uma proposta que pode resultar na convocação dos aprovados para agosto. “A partir do diálogo, conseguimos construir um encaminhamento que pode viabilizar a convocação ainda este ano. Nosso papel é fiscalizar e garantir que as providências sejam tomadas em tempo hábil”, afirmou o deputado. Com a convocação dos aprovados no concurso da Polícia Civil ainda pendente, o futuro da segurança pública de Roraima permanece em risco, e a pressão por respostas imediatas continua a crescer.
A situação atual exige que o governo de Roraima tome decisões rápidas e eficazes para evitar que a segurança pública do estado entre em colapso. O desafio é grande, mas a colaboração entre os parlamentares e a população pode ser a chave para garantir que as medidas necessárias sejam implementadas para o bem-estar de todos os cidadãos de Roraima. Com o apoio da Assembleia Legislativa, a convocação dos aprovados na Polícia Civil pode se tornar realidade e contribuir para o fortalecimento da segurança pública no estado.
Autor: Mohamed Sir
